Friday, November 25, 2011

finalmente no meu carro: a tranquilidade..

Renegade, Kings of Convenience (2009)

thanks, N.

Wednesday, November 23, 2011

whisky mit wodka ou "paz e cultura"

não, não vou depositar a sinopse deste filme - não é esse o propósito. confesso que este não é um blog "interessante", cheio de coisas novas a acontecer: música, cinema, futebol, concertos, ou outra coisa qualquer que nos enriqueça os dias.
aqui enriqueço apenas as minhas memórias, as minhas coisas, mentais, físicas, reais, irreais, ou até mesmo surreais. porque não?
quem lê isto, lê uma parte da gisela. às vezes é apenas uma linha de palavras. outras vezes uma música. uma foto...
mas no final sou eu. e as minhas coisas.
ontem fui ver um filme. um acontecimento tão simples na vida de alguém, mas que significou muito para mim. sentei-me no terraço (ou telhado) e deixei-me estar. a desfrutar um momento de paz e cultura. repito: paz e cultura.
sinto que perdi uma parte da gisela algures. e neste momento o grande desafio é encontrá-la e trazê-la para perto de mim. eu, que sinto tanta falta dela.   

3 horas de conversa levam a isto

um dia, quando tiver coragem, vou dizer-te mais ou menos isto:
"Limites não existem. Nem para os pensamentos, nem para os sentimentos. Os limites são estabelecidos pelo medo."

Ingmar Bergman

Sunday, November 13, 2011

uma noite (quase quase) perfeita (I)

Sprawl II (Mountains Beyond Mountains)
Arcade Fire
(2010)

uma noite (quase quase) perfeita

Limit to your love
James Blake
(2010)

Monday, November 7, 2011

um dia perfeito (I)

prometo a mim própria que um dia, quando tudo isto passar, vou ser feliz e que durante um longo período vou "postar" aqui os meus dias perfeitos; o pedido de casamento inesperado, engraçado e atrapalhado?; os jantares com amigos, os olhares das crianças que me rodeiam ou simplesmente uma ida a São Pedro de Moel sozinha, mas cheia de mim, ou ainda mais simplesmente o olhar terno e fraco e sôfrego de quem parece esperar o meu regresso? (todos os dias a um lar).
prometo.

Sunday, November 6, 2011

a minha nova forma de ver - for good (I)

a minha nova forma de ver. que deve ser também a minha nova forma de estar. que deve ser ainda também a minha nova forma de pensar. e sentir.

olho-me profunda e estranhamente só!

a minha nova forma de ver - for good

Mulher à janela
(1925)
Salvador Dalí

Friday, September 30, 2011

diálogo esclarecedor

P. - "...continuas com a péssima mania de não ler as letras pequeninas..."
gi (resposta mental dada uns dias depois) - "pois...o problema é que eu sou míope..."

Sunday, September 11, 2011

away from here





let's go, let's just get away from here
let's find a place under the stars
let's be the people that we want to be
let's live like we could never part

cause i only want to be with you
and i only want to be with you
yah i only want to be with you
all of the time

cause i only want to be with you
yah i only want to be with you
and i only want to be with you
all of the time
all of the time
all of the time
all of the time

everytime i hear you sing
i love love love you
everytime i hear you sing
i love love love you
everytime i hear you sing
i love love love you
everytime i hear you sing
i love love love you



Tuesday, August 23, 2011

Friday, August 19, 2011

"Bon Iver é gisela"

existem formas infinitas de proferir uma palavra. confesso, nunca tinha ouvido a minha palavra dita desta maneira...

Friday, July 29, 2011

um rasgo de esperança.sempre. (I)

O dia
que passa
não passa
O momento
é um monumento

Adília Lopes, «Dobra» poesia reunida (1983-2007)

Saturday, July 16, 2011

um rasgo de esperança. sempre.

enquanto fazia zapping pela tv ao fim do dia, descobri, inesperadamente, que hoje é dia 16 de Julho - fiquei de boca aberta e admiradíssima. uma mistura de alegria e tristeza, de sintonia e desaparecimento dessa mesma sintonia.
apercebo-me mais uma vez que o tempo passa e com ele novas coisas surgem. as antigas passam a ser antigas. é só isso. e é muito. um rasgo de esperança cai em mim. sempre.

Saturday, June 18, 2011

Fizeram-me tropeçar neste quadro...

D'où venons-nous? Que sommes-nous? Où allons-nous? 
Paul Gauguin (1898)

Sunday, May 29, 2011

sem título

Sarah - Porque não diz alguma coisa...qualquer coisa...que me possa deixar melhor?

Conselheiro - Não há modo mais curto na vida ou no amor. A dor deve ser sentida. As alternativas são piores. É isso que nos faz sermos especiais, que nos faz bonitos, que nos faz ter valor - a dor com que amamos. Mas essa dor é acompanhada de mais alguma coisa, não? Esperança. Com a sua dor há esperança. E é onde você está... em algum lugar entre a agonia, o optimismo e a reza. Então você é humana, está viva. E isso é o que nós temos.

Sarah - Sim...

Conselheiro - Volte amanhã. Continuaremos...

in Brothers and Sisters, episode nº 15

Monday, May 23, 2011

só (II)

I look at all the lonely people.
I look at all the lonely people.

Eleanor Rigby
Picks up the rice in the church where her wedding has been;
Lives in a dream.
Waits at the window,
Wearing a face that she keeps in a jar by the door.
Who is it for?
All the lonely people, where do they all come from?
All the lonely people, where do they all belong?

Father MacKenzie
Writing the words of a sermon that no one will hear;
No one comes near.
Look at him working,
Nodding his socks in the night when there's nobody there.
What does he care?
All the lonely people, where do they all come from?
All the lonely people, where do they all belong?

I look at all the lonely people.
I look at all the lonely people.

Eleanor Rigby
Died in the church and was buried alone with her name.
Nobody came.
Father MacKenzie
Wiping the dirt from his hands as he walks from her grave.
No one was saved.
All the lonely people, where do they all come from?
All the lonely people, where do they all belong?

Eleanor Rigby, The Beatles (1966)

Monday, May 16, 2011

só (I)

"Professora, está tudo bem? o que é que se passa? (...) você não é assim."

tenho-me lembrado de algumas tardes de domingo em que ficava no meu quarto e passava horas a dormir ou a pensar. o meu velho quarto com um mundo meu, cheio de histórias e pensamentos de outrora. era uma espécie de solidão entranhada nos ossos: os miúdos lá fora a jogar à bola, ninguém em casa para fazer renascer em mim a sensação de existir. era um sítio de paz. e de solidão...
as tardes de domingo de outrora emergem. e informo a mim própria que me sinto só.

Saturday, May 14, 2011

Saturday, April 30, 2011

exquisite Figure (I)

absolutamente não me lembro do ano, mas lembro-me absolutamente das pessoas que estavam comigo e do sítio que já nem existe. absolutamente lembro-me dessa fervorosa noite de dedicação a David Bowie: nada que quiséssemos, nada que tivesse sido programado, mas foi.
continuo a dançar e a ouvir e a viver essa noite quando, por todos os acasos, volto a ouvir o Camaleão.
quando penso nessa altura, lembro-me absolutamente desses dois companheiros, meus inseparáveis, dois amigos amantes da música e meus altruístas musicais, por excelência. 
ergo, sozinha, uma taça de champagne por essa altura!

exquisite Figure





David Bowie

Saturday, April 23, 2011

"um beijo no teu coração"

mastigo todos os dias o dia-a-dia antes de chegar às minhas entranhas. mas devo dizer que antes passa tudo pelo meu coração.
há uns tempos, exactamente após o meu último regresso a Luanda, uma amiga escreveu: "minha querida, um beijo no teu coração." Só ela sabe o que isso significou para mim - receber um beijo directo para o meu coração!
assim que li a frase imaginei-a a pegar no meu físico coração e a dar um beijo, como se estivesse a beijar uma bochecha :-)  hum.. estranha, a imagem...
mas logo a seguir imaginei uma espécie de estrelinhas a entrarem dentro do meu corpo com a capacidade de iluminarem o meu pobre coração..
hoje, escrevo este post directamente para ti - o físico, o psicológico, o biológico, o social, o individual coração.
hoje, caminhei debaixo do sol tórrido da difícil Luanda para comprar um conjunto de velas que servem para iluminar e beijar-te, coração.

Saturday, April 16, 2011

Six Feet Under (1)

assim, o que fazer com essa vida?
Vivê-la. e vivê-la com intensidade.
Mas com decisão!

Wednesday, April 6, 2011

o entendimento, para ficar extasiado

O dia em que Te encontrei
e toma a minha mão de musgo devagar
para que o meu entendimento seja
o da árvore
justo e leve

“O tamanho do mundo era excessivo e muito para além das árvores e daquilo que tudo podia conter sem nunca ficar pleno. Tu trazias-me pela mão esse verão de infância distante e foi o tamanho do mundo todo que veio pousar sossegado nos meus olhos. E as árvores tinham folhas de silêncio. E os pássaros voavam mornos e azuis. E a mãe cantava à janela enquanto os rios de luz desciam pelas ruas dessa tarde.
Eu tinha três anos, lembras? Mas naquele dia abriu-se uma pátria na minha mão direita. E a terra, as ervas, as vozes, as sombras dos objectos e o movimento das coisas suspenderam a sua notícia enquanto eu pousava no ar e no rumor que move o mundo. Era como uma música de silêncio e Tu estavas. E ficaste sempre.
Eu tinha este segredo e via que ele crescia como a Grande Tília que há no nosso país. Sim, é verdade, não existe um país como o nosso, e a nossa casa todos os dias se move sobre a água. E foi aí que vi caminhar-Te enquanto anoitecia na areia e nos mares. “Vem”, disseste, e as portas abriram-se como as asas dos estorninhos sobre os telhados da igreja. E eu fui. Foi quando encontrei uma grande ferida no mundo e compreendi que os dias trazem dias, mas nunca o mesmo dia. E que tudo caminha para dentro e para cima sem que algo alguma vez se repita. E voltaste a dizer-me “Vem”, e, como estava junto ao rio, reparei que o meu corpo era só uma forma de acontecer. Movi os pés e aconteceu mover-se o mundo também no meu coração. Então disse-Te “deixa-te estar aqui comigo… É que vejo uma ferida no mundo…” E sorrias quando respondeste “Isso é porque ainda vês dois mundos.” E então fez-se fundo e longo à minha volta e percebi que há uma luz que move o mundo.
Nós somos os teus filhos. Por Ti temos esperado desde sempre. Em tua busca temos percorrido o caminho das cabras, levantado pedras. Seguimos-Te nos dias frios e viramos-Te as costas nos dias mornos. Por Ti se lamentou Simeão enquanto envelhecia na sua longa escada.
Construí, pois, a minha própria escada. Não uma escada sólida, de pedra e cimento ou de madeira dura e com pregos fortes e capaz de suportar as maiores intempéries. Não, a minha escada fi-la de papel azul de água como os girassóis. Foi assim que a quis. Uma escada frágil e incapaz de resistir ao vento: para que quereria uma escada que resistisse à minha própria vida? Assim, todas as vezes que preciso de subir à minha alma e ver o mundo, basta-me erguer os olhos no meu coração. E uso essa escada para quando chegar a Ti: foi quando tinha três anos que compreendi haver no mundo um silêncio em movimento.
E quando acontecem coisas assim não mais são precisas certezas. Foi por isso que construí as minhas escadas em barcos de silêncio. Repara: no sítio onde estou tenho uma porta que dá para o mundo. E foram muitas as vezes que tentaram levar-me por outros barcos, mostrar-me outros locais onde acontece que Tu não estás. Porque a pedra contém o menor e o maior, mas lugar algum pode encerrar o silêncio da luz.
Quando era muito pequeno e os olhos me chegavam para ir a todo o lado, corria atrás da luz e do silêncio das árvores e ansiava encontrar uma casa onde pudesse encontrar todos os Teus indícios. Quando era pequeno desconhecia a falta que fazem certas coisas que perdi e o que é estar à espera de alguém que não volta mais.
Agora, que cresci para além da idade em que as coisas começam a cair, encontro-Te em todo o lado e deixei de Te fazer perguntas.”
Carlos Lopes Pires in Notícias de Leiria, 8 de Fevereiro de 2002


Thursday, March 24, 2011

Six Feet Under

Agora sei que o que transcorre nas nossas vidas é composto por sofrimento. algo exacto e que não se esgota, apenas atenua. e volta a não esgotar.
Assistir à fluidez de Six Feet Under é como passar a absorver a realidade que muitas vezes é obscurecida pela virtualidade da indústria cinematográfica e da própria vida. Six Feet Under vai mais além pela exploração contínua e forte do que significa ser ser humano e possuir uma vida que obrigatoriamente tem de ser transcorrida.
assim, o que fazer com essa vida?
Vivê-la. e vivê-la com intensidade.


Tuesday, March 22, 2011

thank you...

Black on Maroon
 Mark Rothko
(1958)

Sunday, March 13, 2011

interpretação (I)

encontro-me todos os dias com o teu adeus, mas não sei encará-lo.

Friday, March 11, 2011

Quem somos nós hoje em dia? (I)

"a. Há uma violência visceral na proliferação da expressão rede social. Insisto: proliferação, não da(s) própria(s) rede(s), mas na expressão que, ideologicamente, a(s) aglutina.

b. Claro que dizê-lo assim é, desde logo, suscitar a manifestação dessa mesma violência, exponenciando-a até ao mais agressivo maniqueísmo. Dito de outro modo: basta lançar uma pequena dúvida sobre o sentido, o significado e o funcionamento das chamadas redes sociais para que surja o contraponto das grandes verdades indiscutíveis — lugar-comum mediático: as redes sociais seriam uma espécie de realização utópica da "democracia" e, em particular, o paraíso reencontrado da "juventude".

c. Só por distracção ou cinismo se poderá ignorar que as redes sociais estão a reconfigurar toda a paisagem comunicacional dos seres humanos — no limite, o próprio conceito de identidade. Em todo o caso, a questão que aqui se refere decorre da sua própria percepção simbólica. Um pouco, afinal, como muitas convulsões capazes de abalar toda a esfera das relações humanas. Do mesmo modo que as maravilhas fundadoras do automóvel não nos impedem de pensar os efeitos (por vezes trágicos) da sua democratização, assim também vale a pena perguntar: de que social falamos quando falamos de rede social? Será que a vibração contagiante e comovedora de um milhão de pessoas em torno da Praça Tahrir se pode confundir com a consolidação linear da democracia?

d. Está, de facto, a nascer um social que se concebe, antes de tudo o mais, como virtual. Por isso mesmo, a sua força ("social") só aceita ser medida pelas quantificações próprias do virtual. Um pouco como se já não reconhecêssemos o social, a não ser que o seu funcionamento seja viral.

e. Uma grande ideia posta na Net pode gerar milhões de links. Exactamente como a mais básica estupidez. Ora, na democracia virtual, tais proezas tendem a equivaler-se na mesma apoteose: quem cria mais links, vence. Porquê? Porque este é um social dominado pela facilidade da afirmação quantitativa, quase sempre desconhecedor da complexidade e da exigência de qualquer relação humana que não se esgote na pueril competição mediática.

f. Não se trata de estar "fora" ou estar "dentro" das redes sociais. Como não se trata de resolver as tragédias ecológicas transformando todos os automóveis em sucata... Trata-se, isso sim, de perguntar duas coisas muito básicas:
1 - como habitar esse social que passou a confundir-se com o horizonte mais imediato de muitas actividades humanas?
2 - como pensar o social que não cabe em nenhuma das novas redes?
Estas perguntas desembocam em muitas e fascinantes ramificações. Citemos duas das mais óbvias:
a) - como fazer televisão face aos novos conceitos de social?
b) - que pensamento político (não) temos para lidar com esses conceitos?"
 
João Lopes, crítico de cinema, in blog Sound+Vision
09 de Março 2011

Wednesday, March 9, 2011

Quem somos nós hoje em dia?

Fazemos colecção de pessoas em sítios como o facebook, o msn e outros. Mas o que isso significa? Quantos deles temos na nossa rede? Com quantos podemos falar quando a dor entra? Com quantos podemos contar quando realmete precisamos, quem são eles? os que fazem parte da nossa rede? Conhecem-nos? Preocupam-se? O que significa ter uma mensagem de anos efectivamente no dia em que fazemos anos, mas nunca uma mensagem em nenhum dos outros trezentos e tal dias que constituem o ano? Quem são eles então? Porque carregamos esses amigos??? Se o peso de os ter é maior?
Quem somos nós hoje em dia?

Sunday, March 6, 2011

Porque hoje é o meu dia


e porque não faço a p**a da ideia do que a Taschen diz, este ano escolho eu:

Starry Night, Van Gogh (1889)

Friday, March 4, 2011

P. H.

ontem calcei os meus sapatos de salto alto e fui ter contigo

Thursday, March 3, 2011

Wednesday, February 23, 2011

.;-!

amor.não.amar.vida;despertar;começar.cuba.estranho.amizade. não.amar.crescer.portugal.caminhar;sofrer;ganhar;perder.o mundo.saudade.querer.estar - aqui.questionar;olhar.não.ver!

Monday, February 21, 2011

alusão a este Domingo... e à vida

"...nas coisas mais profundas e mais importantes, estamos indizivelmente sós e, para que um possa aconselhar ou ajudar o outro, muita coisa tem de acontecer, muita coisa tem de resultar, toda uma constelação delas tem de ocorrer para que seja assim."

Rainer Maria Rilke
Viareggio, junto a Pisa (Itália), 5 de Abril de 1903

viajar


 viajar é descobrir sítios que me possam dar alento e produzir espanto... 















...Havana, Janeiro (2011)

Tuesday, February 15, 2011

o Estranho que marcou as minhas férias (I)

O Sr. Estranho, que não é um estranho, entrou devagarinho no meu mundo, nosso conhecido.
e de repente o som e as palavras que o acompanhavam começaram a ter um outro sentido.
e ficam em mim de uma forma constante assombrando os meus passos e insistindo em dizer:
"... eu vivo tão sozinho de saudade."

Monday, February 14, 2011

Saturday, January 8, 2011