Thursday, March 24, 2011

Six Feet Under

Agora sei que o que transcorre nas nossas vidas é composto por sofrimento. algo exacto e que não se esgota, apenas atenua. e volta a não esgotar.
Assistir à fluidez de Six Feet Under é como passar a absorver a realidade que muitas vezes é obscurecida pela virtualidade da indústria cinematográfica e da própria vida. Six Feet Under vai mais além pela exploração contínua e forte do que significa ser ser humano e possuir uma vida que obrigatoriamente tem de ser transcorrida.
assim, o que fazer com essa vida?
Vivê-la. e vivê-la com intensidade.


Tuesday, March 22, 2011

thank you...

Black on Maroon
 Mark Rothko
(1958)

Sunday, March 13, 2011

interpretação (I)

encontro-me todos os dias com o teu adeus, mas não sei encará-lo.

Friday, March 11, 2011

Quem somos nós hoje em dia? (I)

"a. Há uma violência visceral na proliferação da expressão rede social. Insisto: proliferação, não da(s) própria(s) rede(s), mas na expressão que, ideologicamente, a(s) aglutina.

b. Claro que dizê-lo assim é, desde logo, suscitar a manifestação dessa mesma violência, exponenciando-a até ao mais agressivo maniqueísmo. Dito de outro modo: basta lançar uma pequena dúvida sobre o sentido, o significado e o funcionamento das chamadas redes sociais para que surja o contraponto das grandes verdades indiscutíveis — lugar-comum mediático: as redes sociais seriam uma espécie de realização utópica da "democracia" e, em particular, o paraíso reencontrado da "juventude".

c. Só por distracção ou cinismo se poderá ignorar que as redes sociais estão a reconfigurar toda a paisagem comunicacional dos seres humanos — no limite, o próprio conceito de identidade. Em todo o caso, a questão que aqui se refere decorre da sua própria percepção simbólica. Um pouco, afinal, como muitas convulsões capazes de abalar toda a esfera das relações humanas. Do mesmo modo que as maravilhas fundadoras do automóvel não nos impedem de pensar os efeitos (por vezes trágicos) da sua democratização, assim também vale a pena perguntar: de que social falamos quando falamos de rede social? Será que a vibração contagiante e comovedora de um milhão de pessoas em torno da Praça Tahrir se pode confundir com a consolidação linear da democracia?

d. Está, de facto, a nascer um social que se concebe, antes de tudo o mais, como virtual. Por isso mesmo, a sua força ("social") só aceita ser medida pelas quantificações próprias do virtual. Um pouco como se já não reconhecêssemos o social, a não ser que o seu funcionamento seja viral.

e. Uma grande ideia posta na Net pode gerar milhões de links. Exactamente como a mais básica estupidez. Ora, na democracia virtual, tais proezas tendem a equivaler-se na mesma apoteose: quem cria mais links, vence. Porquê? Porque este é um social dominado pela facilidade da afirmação quantitativa, quase sempre desconhecedor da complexidade e da exigência de qualquer relação humana que não se esgote na pueril competição mediática.

f. Não se trata de estar "fora" ou estar "dentro" das redes sociais. Como não se trata de resolver as tragédias ecológicas transformando todos os automóveis em sucata... Trata-se, isso sim, de perguntar duas coisas muito básicas:
1 - como habitar esse social que passou a confundir-se com o horizonte mais imediato de muitas actividades humanas?
2 - como pensar o social que não cabe em nenhuma das novas redes?
Estas perguntas desembocam em muitas e fascinantes ramificações. Citemos duas das mais óbvias:
a) - como fazer televisão face aos novos conceitos de social?
b) - que pensamento político (não) temos para lidar com esses conceitos?"
 
João Lopes, crítico de cinema, in blog Sound+Vision
09 de Março 2011

Wednesday, March 9, 2011

Quem somos nós hoje em dia?

Fazemos colecção de pessoas em sítios como o facebook, o msn e outros. Mas o que isso significa? Quantos deles temos na nossa rede? Com quantos podemos falar quando a dor entra? Com quantos podemos contar quando realmete precisamos, quem são eles? os que fazem parte da nossa rede? Conhecem-nos? Preocupam-se? O que significa ter uma mensagem de anos efectivamente no dia em que fazemos anos, mas nunca uma mensagem em nenhum dos outros trezentos e tal dias que constituem o ano? Quem são eles então? Porque carregamos esses amigos??? Se o peso de os ter é maior?
Quem somos nós hoje em dia?

Sunday, March 6, 2011

Porque hoje é o meu dia


e porque não faço a p**a da ideia do que a Taschen diz, este ano escolho eu:

Starry Night, Van Gogh (1889)

Friday, March 4, 2011

P. H.

ontem calcei os meus sapatos de salto alto e fui ter contigo

Thursday, March 3, 2011