Saturday, October 27, 2007

castanho

Tenho vontade de me lembrar de ti… imagino-te a vaguear pelas ruas da cidade que eu quero para mim, será que a terei um dia? Estar com ela um dia já seria tê-la para mim? Quero saber urgentemente o que é estar aí nessa cidade que me assombra o pensamento.
Lembro-me de ti quando morávamos na outra cidade que me assombra também o pensamento mas que não cabe na minha vida. Foste uma surpresa porque gostavas de mim, achavas-me a mais bonita de todas as que já tinhas visto – mesmo na minha cidade, dizias, não havia uma rapariga como eu… Gostava de te ouvir, como gosto de ouvir e de ver quando alguém se interessa por mim. Mas nunca quis estar perto de ti. Hoje, o meu pensamento corre até ti…não sei porquê. Imagino o teu rosto perfeito, o teu corpo que apetecia maravilhoso… e a tua arrogância. Não vou esquecer a tua arrogância, acredita! És demasiado parecido comigo e isso aterrorizou-me. Mas gostava de te ver, na cidade que construí na minha cabeça – tu e eu na rua que sonho, no apartamento que gostaria de entrar só para conhecer e depois poderia dormir descansada. Às vezes – quase sempre – penso que nasci no lugar errado do mundo. Tem de haver uma razão para estar neste lugar e não noutro qualquer. Quem precisa de mim? Serei eu a necessitar? Gostava de estar no lugar onde estás. Acho que até tenho saudades tuas. Das palavras? Será? Da adoração? Com certeza!! Tenho saudades dos teus olhos dos quais não me lembro de todo. Mas tenho saudades de te ver a olhar para mim com a certeza de que havia adoração. Tenho saudades… e quero outra vida!